quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pra finalizar

Comecei esse blog por um motivo principal: adoro escrever. Gosto tanto que naum admito escrever mal. Sei que pra escrever algo que interesse é necessario um motivo. Nada melhor que meu programa de au pair. No começo estava animadissima mas depois me coloquei tantas restrições que perdeu a graça. Acabou que esse blog nunca foi o que eu queria que ele fosse e percebi que esse tipo de blog naum é pra mim.

Depois de perder as esperanças com isso aqui continuei a escrever pois também tinha o intuito de manter meus amigos e familiares no Brasil informados e principalmente informar novas au pairs. Acabei chegando a conclusão que meus amigos e familiares preferiam conversar comigo no MSN e as novas au pairs, coitadas, nunca aqui ofereci nada de muito util ou interessante pra elas.

Não gosto de começar nada e naum terminar e menos ainda gosto de fazer coisas mediocres. Então resolvi voltar aqui e finalizar esse blog junto com o fim do meu primeiro ano. Depois de ter essa ideia rolando na mente por alguns dias, hoje tive motivação o suficiente pra concretiza-la. Esbarrei com uma amiga au pair que conheci no Brasil e colocando a fofoca em dia lembrei das velhas amigas au pairs do Brasil (que mudaram minha vida e por isso as terei no coração e na lembraça pra sempre, com muito carinho, todas elas) e resolvi visitar velhos blogs pra ver como andam. Achei interessante que aparemente todas nós estamos no mesmo barco em relação as nossas vidas. Todas nós tivemos nosso sonho realizado e agora estamos vivendo nossas vidas na real com o bom e velho torpor da rotina. Mas todas felizes e realizadas. Por isso resolvi voltar aqui e colocar um ponto final devido nesse blog.

Meu check de reembolso da au pair care chegou essa semana (sabe aqueles $500 que a gente paga quando faz o match e recebe de volta no final do primeiro ano?). Pois é meu sonhado ano de au pair acabou. Nem vi passar sinceramente. E vou dizer aqui pra todas as meninas que estiverem sonhando em ser au pair e por acaso (ou naum) esbarrarem aqui procurando informações: valeu muito a pena sim!

Minha experiencia foi sem igual por que eu me abri pra uma experiencia totalmente nova. Nada do que me disseram pra esperar do programa de au pair aconteceu comigo. Meu treinamento foi unico, minha familia é unica, minha kid é sem igual, os amigos poucos que eu fiz sem comparações, o lugar onde eu vivo inacreditavel. Meu programa de au pair valeu a pena cada dia, bons e ruins. Todas as superações, todas as surpresas, realizações, aprendizado.

Melhorei meu ingles e muito mesmo cuidando de baby. Não só fui tratada como membro da familia, fui adotada por uma nova familia. Aprendi a dirigir, aprendi a me localizar, aprendi qual é a direita e qual é a esquerda e aprendi a usar todos os pontos cardinais. Aprendi a comer comida de milhares de lugares diferentes. Aprendi a ser muito mais gentil e educada. Aprendi a correr atras, a acreditar e a realizar meus objetivos, mesmos os pequenos do dia a dia. Aprendi a conviver melhor. Aprendi a lidar com meu eu controlador num lugar com um outro EU controlador muito forte. Aprendi a mudar minhas atitudes pra mudar meu relacionamentos. Aprendi a amar incondicionalmente e compreendo a dor da minha mãe ao me ver partir. Aprendi que há pessoas absurdamente maravilhosas nesse mundo. Aprendi muito sobre mim. Aprendi italiano. Aprendi baby sign language. Aprendi a pescar. Aprendi tantas musiquinhas infantis que perdi a conta. Aprendi tanta coisa que perdi a conta.

Ainda não aprendi a deixar de ser besta, mas estou quase lá.

Sim me arrependi de algumas coisas, sim tive dias muito ruins, mas escolhi não focar neles. Não é facil não, não é um mar de rosas, mas é muito bom.

Tão bom que eu resolvi ficar mais um ano. Ainda sou au pair sim, com muito orgulho. Como todo e qualquer trabalho, as vezes enche o saco, mas a recompensa é muito mais valida. Nada como ser valorizada, nada como ser verdadeiramente amada pelo seu pequeno "cliente" e pelos seus "chefes".

Só pra ficar na memoria vou contar uma pequeno momento em minha vida recente que demonstra o que é ser au pair pra mim.

Estava viajando com a minha hostfamily na casa do pai do meu host em Minnesota. Meu "quarto" era o jardim de inverno cujo a porta de vidro ficava na cozinha. Todos os dias as 6 da manhã meu bebe acordava. Os pais iam pra cozinha pra dar cafe da manhã pra ela. Quando ela me via no meu "quarto" dormindo ia correndo e batia na porta sem parar até eu acordar. Sim eu ficava muito p da vida, principalmente porque ninguém ia la tirar ela. Eu prontamente comecei a ignora-la e ela parou de insistir. Uma certa noite fez bastante frio. Pela manhã ouvi a vozinha da minha pequena e o barulho da porta abrindo. Acordei pensando, como assim ela conseguiu abrir a porta! Não abri o olho para naum encoraja-la e logo senti um cobertor sendo colocado sobre mim. Mais tarde quando levantei meu host veio se desculpar por entrar no meu quarto, mas é que tinha esfriado bastante e ele estava preocupado pensando que eu estava passando frio.

Com isso eu deixo esse blog. O video blog q tentei fazer foi um fracasso e será deletado. Me desculpem os erros de portugues mas esta tarde e eu to cansada.

Espero que isso sirva de alguma maneira a alguém. Essa foi e esta sendo minha experiencia como au pair. Experiencia que apesar dos pesares vale e muito a pena. Mas também quero dizer que o melhor conselho que eu recebi sobre intercambio foi: "nunca se prenda na experiencia dos outros. Não importa o quão parecido, a experiencia de cada um é sempre diferente."

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Passado e futuro

Perdi um pouco a paciência de postar aqui, não sei se deu pra perceber. Na verdade acho que perdi a motivação. Acontece que agora é mais complicado pra mim usar a internet durante o dia enquanto estou trabalhando e nos tempos livres tenho que fazer dever de casa e tenho também investido em scrapbooking. Fim de semana não me pertence mais desde que a Dani apareceu em minha vida.

Mas, ainda acho legal a ideia de manter uma especie de diario e manter as pessoas no Brasil informadas e as futuras au pairs também. Então pensei em fazer um video blog que é mais facil e mais divertido. Não sei com que frequencia eu postaria, nem se daria certo mas eu gostaria de tentar. Porém, todavia, entretanto tem duas coisas que eu preciso considerar:

1) Esse video blog seria fechado pois meus hosts tem serios problemas com exposição na internet. E como eu teria a intenção de mostras qualquer coisa do meu dia a dia eu teria que expor o baby, a casa e talvez até quem sabe eles. Seria legal fechar o vlog que me daria mais liberdade de me aprofundar na minha vida aqui. Logo quem quiser ter acesso a esse vlog terá que me mandar um e-mail ou deixar um comentario nesse post pra eu avaliar o caso ;);

2) Isso me leva ao item numero dois. Tem alguém ai? Além da Gi (saudade querida!), tem alguém que estaria interessado em ver isso? Porque também não sei se eu me daria ao trabalho sabendo que não tem ninguém nem ai. Prometo que se houver mais que 3 seguidores eu posto pelo menos uma vez por semana. :)

Essa foi a parte futuro do meu post. Agora vem a parte passado. Como faz um tempo que eu não posto me sinto na obrigação de fazer uma pequena recapitulação.

Então, desde Alcatraz muita agua já rolou. Uma das minhas melhores amigas aqui foi embora devolta pro Brasil. :( Nossa foi péssimo. Essa é a pior coisa de ser au pair. Tudo que você vive no seu ano é muito intenso, já que a mudança é grande e seus sentimentos ficam a flor da pele. Porém, tudo é passageiro. Eu podia iniciar uma discussão filosofica aqui e dizer que a vida é passageira também, bla bla bla, mas é diferente. Você faz os amigos sabendo que tudo tem uma data de validade. É claro que amigos verdadeiros duram pra sempre, mas uma coisa é vc ter aquelas pessoas como sua familia e depois não te-las mais no seu dia-a-dia e provavelmente não ter a possibilidade de vê-las nem tão cedo (pra ser otimista). Ser au pair é um teste constante de adaptação.

Em compensação agora eu tenho a Dani em minha vida. Que tem provado ser uma excelente amiga. Aprendi muita coisa com ela e talvez um dia terei que dizer adeus mas o carinho vai ser eterno e tudo que ela tem me ensinado vai ficar pra sempre.

Nesse meio tempo a mãe do meu host morou aqui. Agradavel compania que me fez perceber que eu adoro ficar sozinha com o baby. Tivemos a Pascoa que não tem ovo de pascoa como no Brasil e sim ovinhos de galinha de plastico com docinhos dentro.

Baby C esta thimais aquela menina. A coisa mais fofa da face da terra. Gente, vocês não tem noção de como ela evoluiu esses ultimos tempos.

Desde que a Aline foi embora eu e a Dani estamos tentando fazer coisas diferentes no nosso fim de semana. Fomos ver um musical da Disney, fomos pro parque de diversões na praia (quase morri do coração na montanha russa), jogamos boliche (e eu ganhei uma!), vamos tentar fazer uma aula de dança na Semana de Dança da Bay Area.

Ontem recebi uma surpresa. Meus amigos do meu antigo trabalho mandaram uma caixa pra mim com presentes e doces. Me acabei de chorar. Fiquei tão feliz, não só pelos doces mas pelo carinho.

Bem é mais ou menos isso. Vou ver qual é a do video blog e volto aqui. Tenho que ir q o baby acordou da nap.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Alcatraz







A ilha de Alcatraz, famosa pela penitenciaria de segurança máxima que teve como um dos seus detentos Alcapone (vocês com certeza já viram algum filme) fica ali na Baía de San Francisco, e eu fui lá.

O tour é badaladissimo, tem que comprar ingresso com antecedencia e chegar na hora porque senaum o barco sai sem você. E isso quase aconteceu comigo. Tive que correr pra pegar o barco e se a Dani não tivesse segurado ele pra gente eu e a Aline teriamos perdido :( Valeu Dani :)

Foi super legal, um frio desgraçado, mas depois que você entra no presidio fica legal. É meio assustador, fiquei com medinho de sentar ou encostar nas coisas. Muito triste o lugar, inacreditavel que as pessoas viviam ali. E o pior elas quando saiam pro patio tinham a vista maravilhosa da cidade de San Francisco, a baía, a Golden Gate.

Enfim, tem que ver as fotos, só que acontece que eu estou muito bagunceira e meu quarto esta um lixo e eu não sei aonde enfiei minha camera. Juro que vou limpar meu quarto amanhã, lavar roupa e se eu achar a camera eu venho colocar as fotos aqui. Fiquem ligados.

Achei a camera do cesto de roupa suja O.O
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LARYSSA eu quero muito falar com você mas seu perfil é fechado, não tenho como te responder. Manda um e-mail pra mim ou deixa seu e-mail ou sei lá...

quinta-feira, 19 de março de 2009

A Bolha

Desde que eu vim pra cá tenho vivido e observado uma vida meio surreal. Casas lindas, carros maravilhosos, pessoas que reciclam e fazem compras em supermercados alternativos só com comida organica. Tudo ao alcance das mãos. Eu preciso disso, eu quero isso, eu compro.

Tendo vindo de uma vida bem simples e financeiramente limitada no Brasil, morando no suburbio e tendo que querer e fazer muito pra conseguir qualquer coisa, eu fico chocada (literalmente) com a maneira que as coisas funcionam nesse lugar.

Cheguei a pensar algunas vezes que a crise era mentira. Tirando uns pedintes muito bem educados em San Francisco, eu não via aqui sinal nenhum de crise, pelo contrario. Até que comecei a estudar, e conversar com as pessoas normais na faculdade. Meu dever de casa é ver uma hora de noticiario pra cada dia de aula (pra ajudar na compreensão auditiva e pronuncia). Sinceramente me assustei. Cidades demitindo todos os professores e policiais. Empresas grandes e antigas fechando. Pessoas se matando e matando seus filhos por causa da crise.

Como isso? Porque que eu ligo a TV e só vejo noticias pessimas sobre a falta de dinheiro enquanto meu vizinho tem pelo menos tres jardineiros trabalhando no seu lindo jardim todos os dias? Como só ouço noticias de pessoas perdendo suas casas e vejo gente que já tem mais de uma propriedade comprar mais uma num dos lugares mais caros pra se comprar imovel no país (se não O mais caro)? Me explica isso.

Até que descobri que eu moro na bolha. A Bay Area de San Francisco (toda essa região em volta da Baía de San Francisco) é conhecida como uma das areas mais ricas pra se viver no país, principalmente na Pennynsula (região entre San Francisco e San Jose), onde eu moro. A temperatura excelente (comparada com o resto do país), a proximidade com o mar e com San Francisco, uma cidade grande, cosmopolita e que oferece o melhor em termos de entretenimento (restaurantes, teatros, museus), torna esse pedaço de terra muito caro. Logo só vem morar aqui quem pode, se é que vocês me entendem. Consequentemente a qualidade do ambiente só melhora.

Todas as melhores e mais chiques lojas você encontra por aqui. O supermercados na sua grande maioria só oferecem o melhor tipo de comida. Frutas que aqui nos EUA não crescem com tanta facilidade como no Brasil, são encontradas aqui na Bay Area em abundancia e organicas é claro. Você consegue imaginar o quão caro isso pode ser? Aqui na Bay Area existem três grandes aeroportos com avião chegando e saindo constantemente e mais dois pequenos aeroportos aqui na Pennynsula onde só saem vôos particulares.

Sabe o que você acha coisa de rico no Brasil? Aqui na Bay Area é normal, aqui o norma vai além disso.

É claro há pobreza. Até porque essas pessoas ricas precisam de pessoas que as sirvam. Mas o que é considerado pobreza aqui ainda está longe do que eu chamo de pobreza.

Agora você imagina eu. Eu que sou filha de nordestinos migrantes com pouquissimo estudo e muito trabalho. Eu que fui criada conseguindo com esforço o necessario, o mais barato e muitas vezes tendo que abrir mão de uma coisa pra ter outra. Eu que saia na rua e pegava onibus lotado, via criança de rua pela janela e gente pedindo qualquer trocado pra comer.

Essa é a minha realidade, foi isso que eu vivi por 23 anos. Imagina como eu me sinto aqui.

A principio você acha tudo maravilhoso. Eu quero essa vida pra sempre. Depois você percebe que isso não é real. Essa não é a vida de qualquer um e você começa a peceber que é bom não se acostumar porque isso não te pertence. Mas como não se acostumar com essa vida boa?

Logo eu que sempre fui defensora dos pobres e oprimidos, sempre odiei ostenção e odeio essa parada de uns com tanto e muitos com tão pouco. Ai meu deus, por que você foi me dar o gostinho?

sexta-feira, 13 de março de 2009

O que eu amo em ser au pair

Acordar dez minutos antes do horário de trabalho e ir trabalhar de pijama. :)

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Evolução da Baby C

"Porque eu tô aqui há oito meses!" by Aline (frase recorrente da amiga Aline que já esta aqui há mais de oito meses mas não para de falar isso com tom de indignação, cara de nojo e o dedo indicador e polegar juntos pressionando entre os olhos)

Eu não estou aqui há exatamente oito meses, não ainda mas quase. A Baby C fez oito meses essa semana e eu nostalgica como sou não consigo parar de ficar boba com o quanto ela cresceu e evoluiu. Ai você vem e me diz, duh! cresceu como todo e qualquer bebê. Mas gente ser testemunha e parte atuante desse desenvolvimento é uma parada louca. Me dá um orgulho absurdo.

As vezes eu me acho uma au pair muito sentimental. Nunca vejo outras au pairs falarem das suas crianças com tanto orgulho como eu sinto pela Baby C. Não desmerecendo nenhuma outra au pair. Eu sei que todas (ou quase) nós nos envolvemos até certo ponto. Mas eu sinto necessidade de falar sobre isso o tempo todo e não tem um dia que passe sem eu olhar pra ela e pensar, jesus outro dia mal abria os olhos e agora não tira o olho da minha comida (ou coisa do tipo).

Pra vocês terem uma ideia, quando a semente baby C foi plantada em minha vida (nossa que brega) ela não tinha nem nome ainda. Eu vi ultrassom, fiz presença virtual no chá de bebe e fiquei sabendo do nome antes mesmo dos proprios pais terem certeza. No dia que ela nasceu eu acompanhei noticia por noticia. Horas de espera até saber que era uma menina saudavel e enorme. A vi pela primeira vez com 11 dias de vida, via skype, sleeping like an angel (dormindo feito um anjo).

Quando eu conheci ela de verdade e a segurei pela primeira vez ela tinha exatamente 3 semanas. Eu tive muito medo da responsabilidade por ser tão novinha, mas desde o começo já vi que ela era muito doce, muito calma e muito forte e nunca duvidei da minha capacidade. Demorou pra eu ouvir ela chorar de verdade. Lembro que ela fazia muito coco, meu deus! Um dia devo ter ficado uns dez minutos numa unica troca, porque ela começou a fazer cocô e não parava. Eu sempre cuidava dela só demanhã naquela época e era o única hora do dia que ela fazia cocô. É, essa vida de au pair...

Com um mês ela descobriu a mão e ficava horas observando o punho fechado. Se apaixonou pelo mobile (cuja musiquinha me colocou a beira da insanidade). Deu seu primeiro sorriso que até hoje não sei se foi proposital. Com dois meses descobriu o pé e queria colocar na boca de qualquer jeito. Era muito engraçado como ela fazia um esforço tentando levar a cabeça até o pé. Ai começou a fase oral dela. Desde então tudo que a interessava ela abria a boquinha de passarinho e ia com a cabeça já que não conseguia ainda pegar com a mão. Deu sua primeira risada também, aquela que vem la de dentro da garganta. Nunca, jamais vou me esquecer como foi bom ouvir. Odiava tummy time tanto que se virou um dia da barriga pras costas. Fazia o que o A chamava de sit up (abdominal) ela segura meus dedos indicadore e eu puxa e ela sentava toda orgulhosa.

Três meses, primeira viagem de avião. Um verdadeiro anjo. Já colocava a mão na boca e começou a ter seus ataques de choro por causa das suas serias dificuldades de dormir de dia. Ela pegava no sono no colo mas se deitasse ela em qualquer lugar ela acordava. Se vestiu de vaquinha na fazendo onde foi o casamento da tia I e foi o sucesso dos sucessos. Na volta, ao invés de fazer sit ups começou a stand up (fica em pé). Quando eu puxava ela pra sentar ela esticava as pernas e não dobrava de jeito nenhum.

Com quatro meses implementamos uma rotina de soneca radical, mas mesmo assim ela não dormia mais que 45 minutos seguidos. Começou a se virar e a dar risada com mais frequencia. Tentou roubar meu cookie um dia. Mãozinha rápida a dela. Ah! E aprendeu a segurar a mamadeira sozinha.

Não lembro nada de muito significativo dos quinto mês. Ela tentava sentar, mas ainda não tinha equilibrio. Sophie le girafe virou seu briquendo favorito. Ela ficou muito mais divertida e gostosa de brincar. Reconhecia nossa voz de longe e abria aquele sorriso enorme.

Seu sexto e mês e o inicio de 2009 veio com sua primeira sentada, na Italia não menos. Aprendeu a comer papinha (feito profissional) e foi então que virou o bebe mais divertido do mundo. Agora sentando ela teve mais liberdade de pegar as coisas e brincar sozinha e começou a interagir muito mais com a gente. Passou a ficar de barriga e se arrastar só que pra trás ao invés de ir pra frente.

Com sete meses suas habilidades engatinhadoras melhoraram incrivelmente e ela se tornou um bebê móvel e muito rapida. Um belo dia eu pisquei e quando vi estava ela lá esfregando dvd alheio no chão. Começou a ir atras dos gatos que docemente aceitam toda a judiação. Ela agarra o rabo, arranca varios pelos e cai de boca. É claro que eu sempre tento impedir. Ensinei ela a bater palminhas e agora tudo é bater palmas. Ela começou a expressar mais sua personalidade, levanta os bracinhos quando quer que a gente pegue ela no colo, e expressa vocalmente quando esta insatisfeita. Seu vocal evoluiu muito e muito rapido, gagaga, dadada, bababa, lalalala, cacaca, ai, é, aaaa e outros sons que não sei colocar em palavras. As vezes parece um pouco que ela tá cantando. E quando chora agora é mamamamama (a coisa mais fofa do mundo com biquinho e tudo).

Fez oito meses na ultima segunda, ainda não engatinha propriamente dito mas varre a casa inteira de barriga. E já viajou pra fora do país duas vezes. Adora detalhes, se ela vê um pontinho minimo no chão vai atras e fica tentando pegar. Não pode ver a mãe sair de jeito nenhum que abre o berreiro. Ela está muito mais manhosa, querendo colo toda hora mas continua um bebe muito doce e feliz. Aprendeu a dar beijo, do seu jeito babento, agarra o rosto da gente com as duas mãozinhas e encosta a boca aberta. Ainda não tem dentinho mas já come de um (quase) tudo. Adora queijo, barley cereal e manga, bricar de peek-a-boo, Sophie le girafe, mamãe, agua e mãos (alias sempre gostou). Odeia: ficar sozinha, colocar o pijama.

Foram só oito meses mas tanta evolução na vidinha dela e eu fico tão feliz de ter acompanhado e feito parte de tudo. Estavamos conversando no Mexico e a M citou algo que aconteceu quando a Baby C era recem nascida e eu falei "eu sei, eu estava lá". E até a propria M se surpreendeu com o fato de que eu tenho estado presente desde o começo. Eu sei o jeitinho que ela gosta de tomar mamadeira e o jeitinho que ela gosta de dormir. Outro dia olhei pra ela peladinha e vi como ela está grande e não paro de me admirar o quanto outro dia ela era tão pequeneninha e fragil, não esticava as pernas e nem segurava a cabeça em pé e hoje tá ai distruindo a casa e judiando dos gatos.

É gente é isso, tinha que compartilhar esse sentimento com vocês porque se tem uma coisa que acontece comigo todo dia nessa minha vidinha de au pair e que importa e muito é a Baby C. E cada dia que passa na vidinha dela é muito significativo porque eu não sei o que o futuro nos reserva. Mas sei que aconteça o que acontecer ela vai pra sempre ter seu lugar cativo no meu coração.

terça-feira, 3 de março de 2009

Novela Mexicana (com censura)

Eu fui pra Tahoe sabendo que no Sabado seguinte eu iria pro México com a minha host family passar uma semana lá com a família da minha host. Só que não estava nos meus planos ter que arrumar as malas as pressas e ir ali no Arizona visitar a mãe do meu host no hospital, voltar correndo e desarrumar as malas de Tahoe pra arrumar pro México (e eu que nem laundry tinha feito ainda).

Infelizmente meu host e a mãe dele não puderam ir. Senti muito a falta deles, principalmente durante Margarita time que ocorria todos os dias as 4h da tarde acompanhada de chips com salsa e guacamole.

Brigada senhor pela vida boa que me deste. Apesar dos pezares ia pra cama toda noite me perguntando o que tanto eu fiz pra merecer aquilo.

O México pra minha surpresa é tal e qual o Brasil. Lindo, clima perfeito (embora fosse inverno) e uma verdadeira bagunça. Eu me sentia totalmente em casa. Nas ruas era tudo igual, as lojas, as roupas que as pessoas usavam as ferinhas na beira da praia. Até a comida era bem parecida, pelo menos arroz e feijão tinha em todas as refeições. O melhor de tudo foi o suquinho de laranja feito na hora todas as manhãs. Os gringos se amarravam.




(Dani, olho o nome do quarto que eu fiquei!)

Esse é o básico, gente. Não foram as melhores férias até porque estavamos preocupados com o estado de saúde da mãe do meu host. Mas o final da novela foi feliz. A ela saiu do hospital e ele voltou pra casa um dia depois da gente. Contei que ele aprendeu a falar Oi e agora não fala outra coisa comigo.

Proximo post: A Evolução da Baby C