sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Thanksgiving...

Independente da história por trás do Thanksgiving (ação de graças) eu gosto da idéia de ter um dia só pra ser grato, por toda e qualquer coisa. Estando longe de casa a gente olha diferente pras coisas e se torna grato por cada pequena coisa na sua vida. Eu sei que depois do amor o sentimento de gratidão é um dos melhores pra se ter no coração. Então esquece os problemas, olha em volta e cata alguma coisa pra agradecer a deus (ou a seja lá o que for que você acredite).

Eu sou grata por:

ter saúde, não só eu como todos que eu amo
pela minha família
pelos meus amigos (todos, novos, velhos, constantes, esquecidos, distantes, próximos)
por estar aqui e tudo que isso tem acarretado
pelo melhor host do mundo
pelo melhor bebê do mundo
pela melhor amiga au pair do mundo
pelo peru de chocolate que a grammie trouxe
pelo aquecedor no meu quarto
pela California, lugar onde o sol brilha e as frutas são frescas e as pessoas gentis e educadas
pelo café moído na hora de todas as manhãs
pelo "lepitopi" emprestado do host e toda a tecnologia que diminui as distancias
pelo iPod touch e suas distrações
pela minha recem chegada carteira de motorista da California
pelo carro automático
pela comida italiana da host
por ser tratada como membro da familia
por poder passar o Natal no Brasil!!!
pelas arvores "outoninas"
pelos sonhos (realizados e a se realizar)
pela vida!



O pão de queijo que apesar do formato deu certo e ficou muito bom!


O peru de verdade já sendo devorado


O peru de chocolate

domingo, 23 de novembro de 2008

I'm from... (Eu sou de...)

Ouvi durante o treinamento (pelo qual todas as au pairs passam quando chegam aqui nos states) da boca de uma das "treinadoras"(?) que os EUA é um país de imigrantes. Pensei, interessante, o Brasil também é um país de imigrantes. Mas por algum motivo eu olho a minha volta e apesar de realmente ver gente do mundo inteiro eu não conseguia enchergar essa semelhança.

A grande diferença é, ambos países foram formados por imigrantes mas o Brasil é um país mestiço e o EUA não.

Aqui você realmente vê gente de todo lugar o tempo todo. É mais comum ver pessoas falando com sotaque do que não (aqui na California é mais comum ver as pessoas falarem espanhol do que inglês). Mas aqui não tem a mistura.

É muito comum quando você conhece alguém ouvir a pessoa ser apresentada assim: "Hi, esse é o Fulano ele é [insira uma nacionalidade qualquer aqui]". As pessoas são comumente definidas por sua decendencia e vejo muitas pessoas se orgulharem de fazer tal distinção. O que também é muito comum é a pessoa dizer que é de X nacionalidade mesmo tendo nascido aqui dos EUA o que é bem confuso pra mim. No Brasil, nasceu lá é brasileiro certo? Você pode se dizer descendente de "seja lá o que for" mas você é brasileiro, de cabelo duro, olhos puxados e azuis, e pele cor de jambo que seja. Aqui eu nunca sei se a pessoa nasceu mesmo aqui e só os pais dela são Indianos ou Japoneses ou whatever (seja lá o que for) ou se ela é realmente imigrante que veio pra cá quando crinça e não tem sotaque.

O que eu quero dizer com isso é que é interessante como as pessoas tem o prazer de se distinguirem aqui pela sua nacionalidade. O verdadeiro americano não existe. Ele é na verdade Asiatico, Italiano, Alemão... Até hoje não ouvi ninguém dizer "I'm American" mas já ouvi incontaveis "I'm Indian", "I'm German", "I'm Asian", "I'm African-American"(I'm = Eu sou) mesmo que todos tenho nascido aqui na terra do Tio Sam.

No Brasil todo mundo já saiu se misturando e não tavam nem ai. Aqui ainda tem gente que não namora quem não seja da mesma descendencia. É japones com japones, europeu com europeu, africano com africano, latino com latino e dai vai. Mas é claro que a nova geração esta surgindo e talvez daqui há algumas gerações o EUA vai ser como o Brasil, um mix de raças impossivel de se distinguir. Eu particularmente acho isso lindo.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

I, lost (Eu, perdida)


Um dos motivos pelo qual eu decidi ser au pair foi o crescimento pessoal (de verdade). Eu já posso dizer que uma coisa eu descobri sobre mim nessa viagem: eu não possuo senso nenhum de direção. Gente, não teve uma única vez que eu sai sozinha de carro sem me perder. E não vou mencionar todas as vezes que eu fiz seja lá quem for que estivesse dirigindo se perder.

Gente eu juro que eu não sei o que acontece, parece que eu fico cega. Pode ser o caminho que eu já fiz mil vezes, eu vou me perder é certo. Eu posso até saber o caminho na minha cabeça mas quando entro no carro alguma força poderosa toma conta de mim e me faz virar uma curva antes ou não virar.

Ai você me diz, que bom que seu carro tem GPS.

É ahan.

O problema é que a moça que mora dentro do GPS é meio lenta e só me diz onde eu tenho que virar na curva, ou quando eu já estou passando por ela. Ontem ela me fez entrar num complexo de apartamentos e continuava falando pra eu virar esquerda, direita em não sei quantas milhas dentro do estacionamento!!!

Tudo bem que as vezes ela me ajuda, mas já me meteu em cada buraco. Ainda bem que aqui não é o Rio, porque se fosse o carro do host já tinha ido pras cucuias.

Semana passada fui buscar a Aline pela quinta vez. Pensei, dessa vez eu consigo ir sem o GPS. O lugar a dez minutos daqui eu levei mais de meia hora pra chegar lá. Deus abençoe a Aline, ela tem muita paciencia comigo.

Ah, e eu não falei ainda sobre a minha maior descoberta, eu não sei diferenciar direita de esquerda. Na verdade eu nunca soube, mas só agora que eu fui perceber. O host dizia direita, eu virava pra esquerda e ele ficava rindo, falando "Sua outra direita". Foi um choque pra mim.

Estou começando a aprender, ainda erro algumas vezes mas sempre rio depois, o que é muito importante. Um dia eu chego lá. Afinal, evolução é a ideia. Se eu volta pro Brasil já sabendo que lado é o direito e que lado é o esquerdo já vou estar no lucro.

sábado, 8 de novembro de 2008

Impressions (impressões)

Estava lendo o blog da Gaby e vi um post muito interessante com um e-mail que a irmã dela (au pair em Long Island há mais de três anos) mandou pra ela logo depois que chegou aqui nos EUA. No post a Gaby colocou as impressões da irmã e fez seus proprios comentarios os quais eu achei muito interessante mas vi que algumas coisas são um pouco diferentes aqui da Califa então queria respostar os post dela com as minhas impressões californianas. Porém, quero deixar bem claro são minhas impressões baseadas nas minhas experiencias jamais generalizando. Tenho horror a generalizações, horror.

Bem vai ai os comentários da irmã da Gaby e os meus em italico.
* Carteira de motorista tira-se com 16 anos (isso acho que todo mundo sabe né)
* Nao pode beber alcool na rua (tb naum pode carregar alcool no carro, só no porta-malas)
* Abelha gigante eh chamada Bumble bee (nunca vi nenhuma)
* Policia por toda parte (e eu neurotica quando estou no carro olhando pra td q é lugar pra ver se a policia ta vindo)
* Virar a direita no sinal vermelho eh permitido (e eu nunca vou me acostumar com isso)
* Casas e carros dormem abertos (nem tanto, mas tem gente q deixa o carro aberto sim, hoje minha mãe perguntou se meu carro tem filme, naum tem isso aqui naum, só em carro de celebridade)
* Balada sempre acaba cedo...(2:00am, 1:45 já tão acendendo as luzes e mandando o povo ir embora - a velha aqui acha ótimo)
* Nao ha frentista no posto de gasolina em muitas cidades, ou seja, vc mesma coloca sua gasolina (e eu nunca faço direito)
* As estacoes do ano sao bem definidas (por aqui é mais ou menos, o outono não é tão outono assim as folha caem mas naum ficam tão amareladas como lá em Minnesota por exemplo)
* Vc so bebe e compra cigarro se for acima de 21 e mostrar ID (é tem sido assim comigo até então mas a maioria das meninas menores de 21 tem ID falso)
* Veado ou Cervo (Deer) tem por toda parte (aqui em casa tem uma familia, e comem todas as plantas da M, já até postei uma foto né Rod? ;))

* Coelhos, esquilos e patos nos jardins e ruas eh normal (esquilo sim, o resto nunca vi não, agora tem coiote que come os bichinhos, por isso que os gatos daqui de casa não saem pra rua. mas eu nunca vi um não e nem quero)
* 2 meses de ferias escolares (é mermo? sabia não)
* Cada placa de carro de cada state vem dizendo tipo um lema relativo ao estate ex NY- the empire state, NJ – the garden state, FL – the orange state, GA – the peach state, Arkansas – the national state (aqui não vi isso ainda não, mas sei q a Califa é chamada de golden state por causa da cor que fica quando o sol se põe eu já vi e é lindo, fica golden(dourado) mesmo. mas o que já vi muito é neguinho se gabando na placa do carro, escrito Google, Apple (eu moro na area do sillicon valey onde ficam todas as grandes empresas de informatica), Stanford Alumni)
* Nos self-service, o prato de comida é do tamanho de sobremesa, e o de sobremesa é uma cambuquinha (principalmente restaurantes chineses) (Ainda nao comi em self-service)
* Droga eh liberada e aborto tambem
* Vc eh o q vc tem, pais totalmente capitalista (Fato! Mas nao eh novidade pra ng neh... e ninguém tem nada de verdade é tudo credito por isso que o mundo ta em crise)
* Se vc reclama pelos seus direitos, vc sempre tem retorno (Acredito q sim, as coisas aqui funcionam mesmo)
* Em muitas casas não existe luz no teto, so abajures. Luz no teto so banheiro e cozinha (é verdade, muito engraçado mas ilumina meio mal, minha mãe sempre reclama, embora eu ache lindo acender o abajur pra ler)
* Agua em qualquer lugar eh gratis (não sei se em qualquer lugar, mas todos os que eu já fui até então tem sido sim e eu sempre peço agua porque refrigerante é horrivel até coca-cola é uma bela porcaria. o gosto é diferente sim pq é feita com glucose de milho ao inves de açucar)
* Vc pode repetir sua bebida no Mc Donald's qdo quiser (Nao soh no Mc D., mas em praticamente todo lugar tem refil!)
* Bancos tem drive-thru e abrem aos sabados (Perfeito! Vc nao precisa nem entrar no banco pra fazer um deposito, por exemplo... vc faz tudo por meio de uma especie de tubo q manda suas coisas pra dentro do banco e vice-versa)
* As praias nao sao tao cheias como no Brasil e tbm nao tem nao existem aqueles camelos vendendo coisas e gritando..."OLHA O ESPETINHO DE CAMARAO!!!" (As praias aqui do pacifico são bem geladas e tem muita neblina então quase ninguém entra na agua, o que eu vejo muito é gente caminhando. O que tem também é parque de diversões na praia. Acho engraçado que eu acho as praias daqui muito sem graças e as europeias acham tuuuuudo)

* Eh suposto dar gorjetas em todo lugar (geralmente de 10 a 20% do valor gasto e eu sempre tenho preguiça de fazer a conta)
* A previsao do tempo sempre da certo (diferente do Brasil ne?, hehehe) (Ateh pq se dah errado, o cara do tempo eh praticamente crucificado! Jah ouvi algumas historias...)
* As criancas sao TODAS mimadas (Nao gosto de generalizar, mas todas q conheco sao sim...) (Eu tb naum gosto de generalizar mas só conheço uma que não é o resto é tudo igual. Até a minha baby já ta ficando. O problema é que ser pai e mãe aqui nos EUA é complicado. Há uma cobrança muito grande pros pais fazerem sempre a coisa certa e eles acabam tentando demais, demais e ferrando tudo. Como o meu host diz parece que aqui as pessoas acham que bebês nascem perfeitos e se acontece algo de errado com eles a culpa é dos pais e os pais são crucificados por isso. Então quando o bebê chora a mãe já acha que vão achar que ela não é boa mãe porque o bebê esta chorando ai ela faz de tudo pro bebê parar de chorar e acaba mimando a criança. Eu bem sei disso...)

* Vc pode pedir um taxi em Long Island e às vezes pode encontrar outra pessoa ja dentro do taxi, indo para outro destino! Vc divide o taxi, gasta mais tempo e cada um paga sua corrida e mais a gorjeta! (ja cansei de pegar taxi assim) isso so acontece em LI pq aqui nao tem mto servico de taxi (Fato! A gente pegou um assim lah!)
* Qdo o onibus escolar para, todos os carros em todas direcoes sao obrigados a parar tbm ate q todas as criancas estejam devidamente dentro do onibus e o onibus comece a andar (Fato! E se nao parar eh um dos piores crimes de transito q vc comete!)
* A velocidade permitida a dirigir eh super obedecida (Nao sei nao... aqui nem tanto...) (aqui tb não, mas tem que ficar de olho no seu poliça)
* Sinais de transito pendurados por um fio e balancam com o vento, maior confusao (Terrivel mesmo! Ai eu me pergunto denovo: kd a modernindade??) (aqui não, é tudo bonitinho e ficam do outro lado da rua, não em cima de vc como é ai no Brasil)
* Carro aqui eh mto barato e geralmente eh 1 por habitante (Por isso q o transporte publico eh uma merda!)
* Esporte eh super valorizado e exigido nas escolas quem faz esportes e compete pela faculdade pode conseguir bolsa integral (também era assim com instrumento musical, mas segundo meu host com o governo Bush isso acabou pq a grana ficou curta, foi toda lá pro Iraque né)
* Eh normal arrotar na mesa, na frente de pessoas, no carro, no onibus, no mall e dizer “Excuse me” (com licença)!! (é verdade mas eu naum vejo muito naum, só mais no meu host pq familia sabe como é né. ele nem fala excuse me mais, só quando a mãe dele tá ou quando temos convidados).
* Eh normal vc encontrar de vez enquando um funcionário de uma loja almocando na sua frente e te atendendo ao mesmo tempo (nunca vi naum)
* BARATA??? Mto dificil, so nos becos podres de NYC (naum vejo inseto por aqui, tudo tem tela e tudo vive trancado, agora la fora tem teia de aranha a dar com pau)
* Chocolate Cookie eh uma sobremesa basica, em todo lugar tem... (meu tudo, amo demais. como de café da manhã quando tem aqui meus hosts acham engraçado. naum vejo problema...)
* Eh super normal se perder nas estradas.... quem nunca se perdeu???? (sim eu me perco todos os dias, até voltando pra casa)
* Toda casa tem lava louca, maquina de lavar e secadora de roupas (Em todas q jah fui tinha, e normalmente vem na casa qndo vc compra)
* Ninguem bate palmas no parabens... (Eu sempre tenho que resistir a vontade que dar de levantar as mãozinhas e bater palmas)
* Calcinhas nao tem meio termo, ou eh tonge (enfiada atras) ou eh gigante, como mulher maravilha... (Realmente, calcinha estilo brazuca eu ainda nao encontrei...)
* Todas casas tem ar condicionado e aquecedor (E a minha tem ventilador de teto tb!)
* Todos os carros sao automaticos (nem todos, os dos meus hosts são manuais, conheço várias pessoas que tem carro manual. eu particularmente prefiro o automatico)
* CVS, Starbucks, 7 Eleven e Dunking Donuts existe por toda parte (nunca vi CVS naum mais deve ter)
* Ninguem anda de chinelos pela casa, andam descalcos ou de meias (eu ando e naum abro mão das minhas havainas)
* Empregados chegam de BANDO p/ limpar a casa (tendi naum)
* As ruas nao tem poste de iluminacao, com exceçao as avenidas... (naum tem e eu acho isso o fim. é perigosissimo dirigir na freeway há 120 por hora na escuridão vc só vê até aonde seu farol ilumina. reclamo direto pq vc naum consegue ver a rua que vc vai entrar. Quando venho da highway pra entrar na minha rua vou na fé pq naum da pra ver a rua em si. sempre falo pro meu host q é um perigo e outro dia ele me zoou dizendo que eu vou pedir rematch e meu quesito numero um de familia vai ser iluminação na rua rs )
* Carro de bombeiro com a sirene ligada e correndo eh completamente normal...(acontece todo dia..aff) (é só o que eu ouço aqui tb)
* Rapazes de chinelo nas baladas no verao.... (ninguem merece..heheh) (Tem de tudo nas baladas, mas o mais incrivel eh como os caras chegam nas mulheres... Eles simplesmente vem dancando junto, a danca comeca a ficar quente, praticamente um baile funk, e dali eles jah vao direto pra algum lugar... Nao rola nem uma conversa, nem um beijo... bizarro! Foi oq presenciei e oq me disseram q eh comum) (de fato)
* Mulheres saem de casa de manha ja maquiadas como se fossem para uma festa (Aqui na califa naum vejo muito disso naum. as mulheres são mais casuais. agora lá em Minnesota era impressionante, todo mundo parecia que amanhecia maquiado)
* Criancas ate uns 8 anos tomam banho dia sim, dia nao (Aqui a baby C toma banho todo dia. E é assim que a maioria das crianças que eu conheço. Mas no frio realmente não tem necessidade de dar banho todo dia. E como o clima aqui (na califa) é muito seco naum da pra da banho direto que racha a pele (de verdade, a minha ta quase).

Ficou grande mais eu achei legal. Ela conseguiu cobrir quase tudo.

Bjus a todos e obrigado a Gaby e a irmã dela.

domingo, 2 de novembro de 2008

Yes We Can (Sim, Nós Conseguimos)

Eleições americanas. Longe de mim babar o ovo dos americanos mas temos que dar o devido crédito. Não conseguimos negar que isso se reflete no mundo inteiro. Mais longe ainda de mim entender de política, principalmente dessa política que acontece aqui. Sinceramente não tenho conhecimento de causa pra dizer se o Obama é mesmo a melhor opção. Mas uma coisa eu posso dizer, ele sabe fazer um bom discurso.



It was a creed written into the founding documents that declared the destiny of a nation.
Foi um credo escrito nos documentos fundadores que declararam o destino de uma nação.

Yes we can.
Sim, nós conseguimos.

It was whispered by slaves and abolitionists as they blazed a trail toward freedom.
Foi sussurrado por escravos e abolicionistas equanto eles marcavam com fogo o caminho em direção a liberdade

Yes we can.
Sim nós conseguimos.

It was sung by immigrants as they struck out from distant shores and pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness.
Foi cantado por imigrantes enquanto eles vinham de terras distantes e pioneiros que avançavam oeste contra uma vastidão implacavel.

Yes we can.
Sim, nós conseguimos.

It was the call of workers who organized; women who reached for the ballots; a President who chose the moon as our new frontier; and a King who took us to the mountaintop and pointed the way to the Promised Land.
Foi o clamor de trabalhadores que se organizaram; mulheres que buscaram as urnas; um presidente que escolheu a lua como nossa nova fronteira; e um rei que nos levou pro topo da montanha e apontou o caminho pra terra prometida.

Yes we can to justice and equality.
Sim, nós conseguimos pra justiça e igualdade.

Yes we can to opportunity and prosperity.
Sim nós conseguimos pra oportunidade e prosperidade

Yes we can heal this nation.
Sim nós conseguimos curar essa nação.

Yes we can repair this world.
Sim nós conseguimos reparar esse mundo.

Yes we can.
Sim nós conseguimos.

We know the battle ahead will be long, but always remember that no matter what obstacles stand in our way, nothing can stand in the way of the power of millions of voices calling for change.
Nós sabemos que a batalha que nos espera será longa, mas sempre lembre que não importa quais obstaculos entrarem no nosso caminho, nada pode ficar no caminho do poder de milhões de vozes pedindo mudança.


We have been told we cannot do this by a chorus of cynics...they will only grow louder and more dissonant ........... We've been asked to pause for a reality check. We've been warned against offering the people of this nation false hope.
Um coral de cinicos nos disse que não conseguiremos fazer isso... eles só falarão mais alto e mais dissonante..... Nos pediram pra parar e cair na real. Fomos avisados para não oferecermos as pessoas dessa nação falsas esperanças.

But in the unlikely story that is America, there has never been anything false about hope.
Mas nessa historia improvavel que é a America, nunca houve nada falso no que diz respeito a esperança.

Now the hopes of the little girl who goes to a crumbling school in Dillon are the same as the dreams of the boy who learns on the streets of LA; we will remember that there is something happening in America; that we are not as divided as our politics suggests; that we are one people; we are one nation; and together, we will begin the next great chapter in the American story with three words that will ring from coast to coast; from sea to shining sea --
Agora as esperanças de uma menina que vai pra uma escola caindo aos pedaços em Dillon são os mesmos sonhos de um menino que aprende nas ruas de LA; nós nos lembraremos que há algo acontecendo na America; que não somos tão divididos como nossos politicos sugerem; que nós somos um povo; nós somos uma nação; e juntos, nós começaremos o próximo grande capitulo na historia americana com três palavras que soarão de costa a costa; de mar a brilhante mar--

Yes. We. Can.
Sim. Nós. conseguimos.


Independente de todas as ideias anti-americanas que você possa ter, pode falar, é um discurso muito bem escrito do ponto de vista literario, e muitissimo inspirador.

American Wedding (casamento)

Depois de quatro dias em Minnessota nós fizemos as malas e partimos pra Iowa pro casamento da amiga da M. Na verdade foram dois casamentos, quem vê não diz que o país ta em crise. But anyway...

Foi tudo meio louco se você quer saber e principalmente depois de viajar com um bebe e dormir num colchão de ar por dias (nada, nada comfortavel, quem já dormiu em colchão de ar sabe) eu não tinha mais tanta energia pra aquilo tudo. Mas eu participei de quase tudo e foi ótimo ver como eu fui incluida e tão bem tratada, conheci todos os amigos dos meus hosts e ouvi eles apreciarem meu trabalho com a baby C.

Também foi meio que um tratamento de choque. Imersão total na host family.

Foi legal ver como um casamento americano é de verdade. Bem parecido com um brasileiro heheheh, só que mais chique. São pelo menos três dias de festa, sendo que nesse caso foram cinco porque o noivo era hindu e a noiva protestante então houve duas cerimonicas de casamento.

Na quarta uma festa pra pintura de hena, na quinta o casamento hindu que foi bem divertido porque a noiva e os pais dela não tinham noção do que estava acontecendo então eles erravam tudo toda hora. Na sexta foi o rehearsal dinner (jantar do ensaio). Eles ensaiam a cerimonia e depois tem um jantar que normalmente é só pras pessoas que vão participar da cerimonia, mas nesse caso foi pra geral. Foi bem divertido, embora tenha sido numa fazenda, ao ar livre com direito a chuva e muuuuito frio, principalmente pra carioca aqui.

No dia anterior durante o casamento hindu, estava um sol lindo e a gente foi do lado de fora tirar fotos. Apesar do sol eu estava congelando por causa do vento. Meu host foi me passar a baby C e a mão dele esbarrou na minha e ele ficou horrorizado com o quanto a minha mão estava fria. Eu sempre reclamo que estou com frio e ele diz que eu sou fresca, acho que ele não tinha noção. É impressionante gente, eu estou sempre arrepiada, tremendo, com as unhas roxas e eles de camiseta achando o tempo ótimo. Por causa disso ele me levou no Wallmart e me fez comprar uns pacotinhos que você coloca no seu bolso e no sapato pra manter mãos e pés aquecidos. Funciona, foi a melhor coisa do mundo. Lá pelo final da festa tava tão frio que eu naum queria mais sentar, ficava em pé com a baby C andando pra la e pra ca pra me manter aquecida. Mas no geral foi divertido.

No sábado foi o casamento meixmo, que aqui acontece a tarde. Depois da cerimonia fomos pra recepção, ou como chamamos no BR, festa. É como a gente vê no filme, todo mundo sentado, eles servem um jantar, rola um ou outro discurso, eles brindam aos noivos, abrem a pista de dança e o resto eu não sei porque meu host ficou doente e nós tivemos que voltar pro hotel. Mas também foi divertido o pouco que eu vi e eu dei graças a deus por voltarmos cedo porque apesar de eu estar sendo muito bem tratada por todos eu simplesmente não me encaixava naquela mesa. Todo mundo ali era amigo há muito tempo e tinham suas historias pra contar e eu lá agarrada na baby C porque sem ela eu não tinha o que fazer nem com quem conversar.

No domingo, acordei crente, crente que ia entrar no avião e voltar pra casa. Meus hosts, que eu amo, mas que nunca me informam de nada (isso me deixa louca, eu tenho que ficar prevendo os planos deles) só me contam no carro que a gente estava era indo pro brunch na casa dos pais da noiva e não pro aeroporto. Ai você vizualiza, todo mundo lindo e loiro, de maquiagem feita e eu toda largada de tennis cabelo mal penteado. A comida tava boa pelo menos...

Coisas que eu não vou esquecer:
- a irmã da noiva abrir um sorriso e perguntar "Você é a Carla?! Que bom te conhecer!" quando me viu com a baby C. Eu estou famosa ou coisa assim? ;)
- a mãe do noivo pertuntando pro meu host se eu era a babá e ele dizer "não ela é a nossa au pair, ela mora com a gente e nos ajuda a cuidar do bebê." não que eu tenha alguma coisa contra ser a babá. Não tenho mesmo, até me apresento assim pras pessoas. Mas foi legal que ele se importou em não me rebaixar.
- os amigos dos meus hosts indo buscar comida e bebida pra mim quando eu ficava presa na cadeira com a baby C dormindo no meu colo, ou quando eles me chamavam pra ficar com eles toda vez que meus hosts estavam ocupados durante a cerimonia. Toda e qualquer atenção vindo da parte deles foi bem vinda, já que são todos médicos importantes que podiam dar a minima pra "babá" mas não, demonstraram muita consideração e respeito.
- o abraço da mãe da noiva quando eu estava indo embora do brunch. a mulher mal me conhecia e me abraçou como se eu fosse alguém que ela não via há muito tempo.
- as vovós que quando me viam com a baby e o host, vinha discretamente averiguar se eu era a mãe (muito engraçado).
- quando eu entrei na casa pro brunch a noiva lá da cozinha me ver e gritar "hi Carla!" serio, esse povo podia muito não dar a minima pra mim.
- como a baby C cresceu e desenvolveu toda aquela semana. Foi impressionante. Ela foi a estrela do casamento e eu me sentia o display. Ela foi melhor acessorio que eu já tive na minha vida, todo mundo parava pra olhar pra gente. =)

No caminho de volta eu fui atacada pelo meu mau humor (sou que nem criança quando eu to cansada fico de mau humor). No avião dei um fora no host e tive que pedir desculpa e explicar que eu fico de mau humor quando to cansada. Foi legal ouvir ele rir e dizer que estva feliz por me ver demonstrar emoção já que isso é familia e não trabalho. Quem é au pair me entende.

Sou muito abençoada de estar aqui com essa familia. Não tem como não estar muito agredecida por isso.

Parabéns pra baby C que esta fazendo 4 mesinho hoje, coisinha mais fofa da Carlinha. Your Carla loves you, cutie pie.